As tradições de épocas festivas na Nazaré regressarão à rua para reviver brincadeiras de infância, usos e costumes, mercados e trajes de há décadas, contribuindo para a preservação da Identidade Cultural deste destino turístico, recentemente distinguido com o certificado de ouro Quality Coast [e a preparar a sua certificação em platina, a que só dois Municípios Portugueses chegaram até ao momento: Braga e Cascais], que, embora agarrado às suas raízes culturais, procurou, nos últimos anos, a diversificação da oferta nesta área económica, chamando, a si, outros visitantes com outras disponibilidades.
O evento organizado pela Câmara Municipal, com a colaboração de grupos etnográficos, visa fazer a animação de rua de uma época, geralmente, de forte atração turística, de visitantes nacionais e estrangeiros [120 nacionalidades registadas na última década pelos Postos de Informação e Turismo], para apresentar um concelho que preserva o orgulho pelas suas raízes culturais, ligadas ao mar e à pesca.
Na sexta-feira Santa, 29 de março, às 15h00, decorrerá o Mercado à Moda Antiga assim como a iniciativa dos Jogos Tradicionais, frente ao Centro Cultural da Nazaré. A atividade, desenvolvida pelos grupos etnográficos, vestidos a rigor com as sete saias rodadas e ricamente bordadas ou com as camisas de axadrezadas de escocês e ceroulas do mesmo tecido, cinto e barrete, pretende envolver os visitantes e ensinar à geração mais nova como se passavam, antigamente, os tempos livres e de convívio na rua.
O sábado, dia 30 de março, será de folclore, com o Festival do Rancho Tá-Mar, às 15h00, o que inclui o desfile dos grupos convidados e a atuação de todos no palco montado em frente à Praça Sousa Oliveira. Será uma excelente oportunidade para conhecer, tanto a diversidade como a riqueza de etnográfica dos trajes como os artefactos que cada região/localidade usava, comunicando, dessa forma, como se compunha a sociedade em termos hierárquicos e profissionais.
O último dia da iniciativa Páscoa 2024 será de Desfile Etnográfico, pelo Grupo de Danças e Cantares da Nazaré, numa nova oportunidade de conhecer, através dos objetos, trajes, artefactos de trabalho e modos de estar como era a sociedade de há décadas na Nazaré. Pela marginal, a partir das 15h30, desde o Centro Cultural [antiga lota, numa área dedicada ao Museu (Vivo) do Peixe Seco] até ao palco, nas imediações da Praça Sousa Oliveira, desfilarão dos trajes mais ricos aos de trabalho de uma comunidade que nasceu em redor do mar e do que este lhe dava, numa manifestação cultural que dirá muito de como foram os tempos dedicados em exclusivo ao elemento que embeleza a vila e que tantas notícias tem gerado mundo fora.
