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Periodicidade: Diária

9/30/2024

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CENTRO HOSPITALAR DO MÉDIO TEJO COLHE NÚMERO RECORDE DE ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTAÇÃO


Nos primeiros 6 meses do ano, foram colhidos 19 órgãos provenientes de 7 dadores. Este resultado supera os 12 órgãos e 5 dadores colhidos durante todo o ano de 2022


A Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), através da sua equipa dedicada, esteve envolvida na doação de 19 órgãos vitais para transplantação, provenientes de sete dadores, nos seis primeiros meses do ano. Este resultado supera, em apenas um semestre, os cinco dadores e 12 órgãos que foram colhidos pelo CHMT durante todo o ano de 2022, demonstrando uma motivação e esforço acrescidos para mudar a vida de todos quantos a nível nacional necessitam de um transplante para poderem manter-se vivos, ou para melhorarem de forma muito significativa a sua saúde e qualidade de vida.

No arranque do segundo semestre, aos primeiros dias do de mês de julho, o CHMT adicionou dois órgãos colhidos provenientes de um dador, demonstrando o dinamismo da instituição para a causa da transplantação.

O CHMT realiza colheitas de órgãos em doentes falecidos em situação de “morte cerebral” há 14 anos, tendo coincidido a constituição da equipa de colheita de órgãos com a abertura do Serviço de Medicina Intensiva da Instituição, localizado na Unidade Hospitalar de Abrantes, em 2009.

Desde a criação desta equipa dedicada, o CHMT colheu um total de 209 órgãos de 89 dadores. Estes são resultados notáveis, acima da média nacional, que representam, em 2023, uma taxa média de 33,7 dadores por milhão de habitantes, contrastando com uma média nacional, calculada em dezembro 2022, de 30,8 colheitas por milhão de habitantes. Estes números são ainda mais impressionantes se refletirmos que são obtidos num hospital do interior do país, sem algumas das valências clínicas e dos meios tecnológicos disponíveis nos hospitais centrais.

Até ao final de julho deste ano, a equipa dedicada à colheita de órgãos do CHMT disponibilizou quatro pulmões, fígados e oito rins a quem deles mais necessitava, contribuindo também, desta forma, para que o país se mantenha com os melhores indicadores internacionais neste gesto benévolo em que os avanços da medicina são responsáveis por milhares de vidas salvas anualmente.

“Este é o resultado de um trabalho de equipa entre os profissionais de saúde que integram o Serviço de Urgência e o Serviço de Medicina Intensiva, em articulação com as equipas do Bloco Operatório, que só é possível graças ao empenho, motivação, formação contínua e divulgação permanente para a causa da doação e transplantação de órgãos. É um trabalho muito exigente, mas compensador para toda a equipa multidisciplinar de profissionais de saúde envolvida – fazemos a diferença em muitas vidas e de uma situação irreversível e dolorosa nasce esperança”, refere Lucília Pessoa, médica intensivista que assume a Coordenação Hospitalar da Doação de Órgãos e Tecidos no CHMT. “Vamos continuar com o bom ritmo alcançado neste semestre e manter a afirmação da nossa unidade no mapa da transplantação”, garante.



“Há quase duas mil pessoas em Portugal que precisam de um órgão para viver ou melhorar a sua vida e encontram a sua esperança e reposta no Serviço Nacional de Saúde. Os profissionais de saúde do CHMT estão a responder de forma exemplar a este desafio de saúde pública, salvando centenas de vidas ao longo dos últimos 14 anos, de norte a sul do país”, ressalva Casimiro Ramos, Presidente do Conselho de Administração do CHMT.

Portugal ocupa neste momento, de acordo com as estatísticas referentes ao ano 2022, o segundo lugar europeu, a seguir a Espanha, no número de transplantes por milhão de habitante. À escala mundial, o nosso país está em terceiro lugar em taxas de colheitas e transplantação de órgãos, logo após os EUA e Espanha.

De acordo com os números mais recentes do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), o número de transplantes de órgãos em Portugal atingiu os 835 em 2022, mais 36 do que em 2021, revelando um esforço de recuperação das equipas de profissionais de saúde face à inevitável redução provocada pela pandemia, que limitou a atividade das unidades de cuidados em que se realizam tanto as colheitas como os transplantes de órgãos vitais,

No entanto, durante o ano passado, segundo as estatísticas do IPST, foi alcançado o maior número de sempre de pulmões transplantados. No âmbito do transplante de rim e de pâncreas, que impacta especialmente crianças e jovens acometidos com Diabetes Tipo 1, Portugal ocupa também o primeiro lugar em nível europeu em número de transplantes por milhão de habitante, e o terceiro lugar a nível mundial.

Este ano, afiançam dados provisórios, nomeadamente os das colheitas realizadas no CHMT, já foram ultrapassados os números de colheitas e de transplantes, em quase todos os órgãos, face ao acumulado do ano de 2022, antevendo que 2023 vai ser um ano recorde de transplantes.

A legislação portuguesa assenta no conceito de “doação presumida” – ou seja, qualquer cidadão, quer seja nacional, quer seja estrangeiro, mas residente em Portugal, é potencial dador de órgãos, no caso de morte cerebral declarada, fruto de acidente ou agudização de uma doença. Excetuam-se os casos em que os cidadãos recusaram expressamente a autorização de doação dos seus órgãos, registando-se antecipadamente no Registo Nacional de Não Dadores. Com uma população de cerca de dez milhões de pessoas são menos de mil os cidadãos que expressaram especificamente que não pretendem ser dadores dos seus órgãos.


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