CPCJ DE RIO MAIOR INAUGUROU EXPOSIÇÃO DE LAÇOS AZUIS NO EDIFÍCIO CUBO DO JARDIM MUNICIPAL
No âmbito do Mês Azul – Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância e Juventude, a Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Rio Maior, inaugurou hoje, 27 de abril, no Edifício Cubo, no Jardim Municipal, uma exposição de Laços Azuis, iniciativa que visa combater os maus tratos na infância,
De realçar que a CPCJ de Rio Maior em colaboração com todos os parceiros locais (Escolas, IPSS, Associações, e Juntas de Freguesia), iniciou o “Mês Azul – Mês da Prevenção dos maus tratos na Infância e Juventude” no passado dia 4 de abril com a realização de ações de sensibilização pelas Comissárias da Comissão Alargada e pelas Técnicas da Comissão Restrita da CPCJ de Rio Maior, pelos diversos estabelecimentos de ensino do concelho de Rio Maior.
Durante este mês de abril destaca-se ainda a realização de trabalhos, pelas crianças que frequentam a Componente de Apoio à Família (CAF), durante o período de interrupção letiva das férias da Páscoa, alusivos ao tema “Eu não maltrato, eu abraço!”, e a entrega dos trabalhos pelas crianças, no Posto Territorial da GNR de Rio Maior, seguida de uma ação de sensibilização dinamizada por esta entidade.
A exposição hoje inaugurada foi apresentada pela técnica da CPCJ, Andreia Martins, e contou com a presença do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, João Lopes Candoso, da Vereadora Carla Dias, e de militares da GNR de Rio Maior, para além de alguns parceiros desta iniciativa. A mostra irá estar patente ao público até ao próximo dia 7 de maio.
No decorrer da inauguração, Andreia Martins, revelou que “um dos principais objetivos da CPCJ é defender os direitos da criança”, realçando que “iniciativas como esta podem causar alertas na população para o que se passa a nível do concelho”. Andreia Martins referiu ainda que “muita gente não tem a percepção do que infelizmente se passa com alguns dos nosso jovens”, acrescentando que “a CPCJ está sempre disposta a ajudar os jovens e as suas famílias”.
Por sua vez, o Vice-Presidente da autarquia riomaiorense começou por referir que “esta é uma iniciativa que não deveria existir, pois não deveriam existir maus tratos nem na infância nem na juventude, mas eles infelizmente existem e nós temos que fazer algo para sensibilizar as pessoas”. João Lopes Candoso realçou que “esta exposição é mais um daqueles eventos que tem por objetivo sensibilizar as pessoas para uma coisa que não deveria existir. Todos nós deveríamos abraçar as crianças e os jovens e não os maltratar”, concluiu.
História do Laço Azul
“Em 1989, nos Estados Unidos da América, mais concretamente no Estado da Virgínia, surgiu o “Movimento do Laço Azul”.
Este movimento foi criado por Bonnie W. Finney, depois de saber que os seus netos tinham sido vítimas de maus-tratos por parte dos pais. As crianças apresentavam nódoas negras pelo corpo. O neto acabou mesmo por ser assassinado pelos pais. Como maneira de lidar com a dor, atou um laço azul à antena do seu carro.
Escolheu esta cor com a finalidade de representar os corpos magoados e repletos de nódoas negras dos seus dois netos, tornando-se ao mesmo tempo um símbolo de alerta para a luta na proteção das crianças contra os maus-tratos.
O movimento ganhou relevância a nível mundial e enfatiza o efeito da preocupação que cada cidadão pode ter no despertar das consciências da população, em relação aos maus-tratos contra as crianças, na prevenção, promoção e proteção dos seus direitos.”
Porque os maus-tratos físicos, psíquicos e sociais constituem um fenómeno que afeta a criança/jovem, é por isso essencial que as equipas que intervêm com esta problemática junto da comunidade trabalhem a prevenção da ocorrência dos maus-tratos, e a deteção precoce destas situações e também porque maus-tratos constituem-se como grandes problemas para o desenvolvimento das crianças, repercutindo-se ao longo da sua vida.
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