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Periodicidade: Diária

10/1/2024

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ENTREVISTA COM JOÃO DEUS – CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO PSD RIO MAIOR


Apesar de as eleições para os novos órgãos do PSD Rio Maior ainda não terem data marcada, João de Deus, antigo Presidente da Junta de Freguesia de Alcobertas, anunciou já a sua candidatura.

O Comércio & Notícias falou com o candidato para conhecer melhor o seu percurso e o projeto que apresenta.

C&N - João de Deus é o rosto anunciado de uma candidatura ao PSD Rio Maior, a primeira até agora. Para quem não o conhece, conte-nos de forma curta quem é o João de Deus?

JD – Nasci na Fonte da Bica – Rio Maior, tenho 56 anos, e sou um empresário agrícola. Sempre fui e continuarei a ser um homem de trabalho, ligado à terra, mas também muito interessado na política. É por isso que há 30 anos pertenço às listas do PSD, tendo em 2013 sido eleito presidente da Junta de Freguesia de Alcobertas.

C&N - Nos quatro anos que esteve à frente da Freguesia Alcobertas, quais foram as principais obras que deixou?

JD - Esse é dos assuntos de que mais gosto de falar, porque fiz realmente obra. Não me queixei da conjuntura, da troika ou da austeridade, nem da falta de dinheiro ou de meios. Havia obra para fazer e, em conjunto com a minha equipa, com muito apoio da Câmara, consegui deixar essa obra feita. A lista é longa, mas menciono o pavilhão gimnodesportivo Susana Feitor e o parque envolvente, as obras envolventes à avenida da igreja e em frente ao edifício da Junta, a requalificação da rua principal em Casais Monizes, a recuperação da ETAR suinícola, a recuperação da Anta de Alcobertas, o parque de merendas/parque infantil de Porto do Rio, o parque geriátrico, a limpeza das ribeiras e vários alcatroamentos. Para além de diversas colaborações: requalificação das instalações do rebanho da Terra Chã, depósito de água para combate a incêndios e construção da igreja em Casais Monizes. Foram quatros anos muitos preenchidos cujo resultado enche-me de orgulho pois foi um trabalho de equipa, para o bem da população e de quem nos visita.

C&N - E agora anunciou a sua candidatura ao PSD de Rio Maior. O que o move para este ato eleitoral?

JD: Na política, aquilo que me move é a vontade de trazer progresso à nossa terra e o bem-estar da nossa gente. Deve ser sempre esse o objetivo de quem está na vida pública. E acredito que esse é o desejo da maioria das pessoas que vêm para a política.

C&N – Acha que há quem vá para a política à procura de um emprego bem remunerado?

JD: Claro que sim, e já conheci alguns. Felizmente, nunca precisei de vir para os cargos à procura de emprego. Aliás, prejudiquei muitas vezes a minha vida pessoal por este sonho de fazer e deixar obra à população. Mas há uma coisa que é importante explicar às pessoas: são muito poucos os lugares bem pagos na política. E no poder local não os há mesmo! As responsabilidades, as preocupações, a pressão do público, a intensidade do trabalho são de grande nível e alto desgaste. Só quem gosta muito é que aceita o desafio e, como todos sabem, eu nunca virei a cara a essa luta.


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C&N - Quais são os principais temas da sua campanha?

JD - A minha campanha tem temas internos e externos. Internamente, acredito que o PSD precisa de ser animado e mobilizado para os grandes desafios de 2021. Externamente, o PSD tem de se ocupar e preocupar com as empresas e o turismo. São áreas que geram emprego, riqueza e sustentabilidade social! O PSD tem a responsabilidade de ter boas propostas para essas áreas-chave. Durante esta campanha, vou ter encontros com gente da indústria, do comércio, do desporto, da cultura, do associativismo e do turismo, para preparar a proposta do PSD para o concelho.

C&N - Pode-se saber quem o acompanha na sua lista?

JD - A equipa ainda está a ser construída e só faz sentido apresentá-la quando estiver toda completa. Mas, posso assegurar que terei ao meu lado a experiência dos mais velhos e a irreverência dos jovens. Esta será uma equipa de trabalho, com gente que gosta do PSD e de quem o PSD gosta.

C&N - Afirmou que Isaura Morais seria a sua candidata à Assembleia Municipal de Rio Maior nas próximas autárquicas. E para a Câmara? Será Filipe Santana Dias o seu candidato?

JD - Se eu tiver a responsabilidade de fazer as listas do PSD, a Isaura Morais será a minha proposta para presidente da Assembleia Municipal. É uma escolha lógica! Saiu da Câmara pela porta grande, merece esse reconhecimento. Sobre o Filipe Santana Dias, já tenho dito que, em circunstâncias normais, deve ser ele a encabeçar a lista do PSD à Câmara de Rio Maior.

C&N - E para a junta de Rio Maior já tem um nome?

JD - Acho que nem sequer é preciso ir à procura de um nome. O João Rebocho tem sido um bom presidente e é de inteira justiça que volte a ser candidato.

C&N - Afirmou que Isaura Morais é a sua maior referência e que estaria disponível para a substituir no PSD Rio Maior, mas ao Comércio & Notícias Isaura Morais afirmou que não o apoiará e que poderá voltar a ser candidata. Ficou surpreendido com essa reação?

JD - A minha maior referência pessoal na política é um grande senhor: Marcolino Duarte. Ele foi presidente da Freguesia de Alcobertas. Um homem bom, honesto, trabalhador e dedicado à sua terra. Conheci poucos assim. Atualmente está retirado da vida política. Relativamente à Isaura, ela é a maior referência atual do PSD de Rio Maior. Com ela voltámos a ganhar e a manter a Câmara. Tenho muito orgulho no percurso que fez. Que a Isaura não me apoie é muito natural, porque já estava a ser pensado um sucessor para a sua equipa. A minha candidatura foi uma total surpresa, por isso não posso nunca levar a mal. A política não pode estragar as amizades, e em política não há sucessores: há eleições.

C&N - Se Isaura Morais se recandidatar admite retirar a sua candidatura?

JD - É um cenário que não se põe. A Isaura é vice-presidente de Rui Rio. O seu patamar já não é local, é nacional. As preocupações são outras, de outro nível. Sobretudo, desde que é deputada e deixou a presidência da Câmara de Rio Maior.

C&N - O que mudou então na sua opinião sobre Isaura Morais para já não ser, para si, uma hipótese para liderar o PSD de Rio Maior?

JD - Nada mudou na minha opinião nem na opinião da Isaura Morais. Com a sua ida para o Parlamento e para o PSD Nacional abre-se um novo ciclo. Isso era esperado, mesmo por aqueles que agora rezam para que a Isaura Morais volte atrás com a sua decisão.



C&N - Disse que o PSD tem estado pouco ativo. Isaura Morais lembrou que o PSD Rio Maior nunca esteve tão bem e que acolheu cerca de 100 novos militantes, tem hoje uma vice-presidente do PSD nacional, o presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD é também riomaiorense, Paulo Colaço, além de liderar a Câmara Municipal e 8 Juntas de Freguesia. O que acha que conseguiria fazer de diferente da atual presidente da concelhia?

JD - Não vale a pena quererem encontrar nas minhas palavras qualquer crítica à Isaura, cujo mérito sou o primeiro a reconhecer. Aliás, estive presente em muitos desses momentos de vitória. Alguns dos atuais presidentes de freguesia fui eu que os ajudei a trazer para as listas, ao lado da Isaura. Mesmo não tendo sido candidato a Alcobertas, estive sempre na campanha do Paulo Dias, de quem sou muito amigo. Aquilo que eu digo é que o PSD é mais do que a Câmara e as vitórias da Isaura. O PSD é um partido de pessoas que precisam de ser motivadas. Desde que a Isaura está noutro patamar, isso não tem acontecido. E não me digam que o problema é a pandemia.

C&N - Acha que há falta de motivação no partido?

JD - Motivação e união. Com o meu percurso e a estima que tenho no PSD, sei que vou motivar e unir os militantes para os próximos desafios. Porque não são as vitórias do passado que garantem as vitórias do futuro. É o trabalho e a ligação às pessoas: esse é um ensinamento que a Isaura nos deixa. Sem arrogância, sem distância e sem excesso de confiança.

C&N - Na sua opinião, o PSD está inativo?

JD - Quer um exemplo de que o PSD está inativo? Desde que a Isaura tem responsabilidades nacionais, não houve ninguém a pensar estrategicamente o PSD de Rio Maior. Não houve ninguém a fazer atividades. Todos queríamos que houvesse um grande jantar de homenagem à Isaura Morais e ao Paulo Colaço, pelas suas vitórias inéditas, mas isso nunca aconteceu. Porquê? Porque o partido está inativo. Se eu ganhar, esse jantar será das primeiras coisas a fazer, para reunir a família social-democrata. Outra das coisas a fazer é recuperar a identidade própria do partido. O PSD não se esgota na Câmara Municipal: é preciso haver mais plenários, mais ideias, mais discussões, o PSD tem de estar nas freguesias, criando núcleos de trabalho, incentivando as pessoas ao progresso.

C&N - Depois dos tribunais terem rejeitado a sua candidatura à Freguesia de Alcobertas nas últimas autárquicas, sente que tem credibilidade suficiente para desempenhar o cargo de presidente do PSD Rio Maior?

JD - A lei diz que quem está em situação de insolvência não pode exercer cargos executivos e eu na altura estava nessa situação. O PSD de Rio Maior tentou tudo para que eu pudesse ser recandidato a presidente de Alcobertas. O tribunal não aceitou, não quis saber que eu tinha sido um bom autarca, que tinha feito muita obra e deixado mais dinheiro nos cofres do que aquele que havia no início. O tribunal aplicou cegamente a lei, e eu respeito. Mas, para mim a lei é injusta. Felizmente, tudo isso já passou e eu posso voltar à vida política. Não fugi a nenhuma das minhas responsabilidades e estou até orgulhoso de ter conseguido dar a volta, não deixando ninguém “pendurado”. A minha maior credibilidade é essa. E todos conhecem essa minha faceta.

C&N – Comenta-se que algumas pessoas da sua candidatura são elementos da JSD descontentes porque o partido não lhes terá dado o protagonismo e as oportunidades que mereciam? Confirma esses rumores?

JD - Isso é um grande disparate criado para esconder que a minha candidatura tem o apoio de gente de todas as idades. Aquilo que certas vozes medrosas querem é que não se fale dos muitos apoios que me têm chegado. Mas há uma coisa que eu confirmo: é totalmente verdade que os jovens do PSD me apoiam. Isso dá uma força muito grande a este projeto e uma boa visão de futuro. Quem não tem os jovens, está condenado ao fracasso. Quanto ao protagonismo, não são apenas os jovens que se queixam de falta de apoio e incentivo dentro do PSD. Muita gente se queixa do mesmo. Queixam-se de serem tratados com desdém e arrogância. Há quem fale para as pessoas como se tivesse o rei na barriga. Isso é inaceitável! Comigo no lugar de presidente do PSD de Rio Maior nunca deixarei que os militantes do partido sejam esquecidos.

C&N - Acredita que pode ganhar esta eleição?

JD - Em democracia não há certezas. Mas, há muita gente a achar que a minha lista vai ganhar. Por algum motivo é.


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