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Periodicidade: Diária

12/28/2024

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FOI JOGAR UMA SEMANA APÓS PERDER A MÃE E ADEPTO DA EQUIPA ADVERSÁRIA CHAMOU-LHE “FILHO DA PU..”



Aconteceu no jogo de juvenis entre o União de Tomar e o SL Cartaxo, tendo o jovem João Murteira, de 15 anos de idade, sido expulso por pedir ao árbitro que agisse sobre o adepto que o insultava


Paulo Murteira, treinador da equipa de juvenis do Sport Lisboa e Cartaxo, fez uma exposição do que aconteceu no último sábado, 14 de outubro, sobre um acontecimento bastante desagradável ocorrido no final da partida entre o União de Tomar e o Sport Lisboa e Cartaxo, disputado na cidade de Tomar.

“Após o término do jogo alguém da bancada chamou filho da pu.. por diversas vezes ao atleta do SL Cartaxo João Murteira, este mesmo atleta que havia perdido a mãe no passado dia 4 de outubro pediu ao árbitro para tomar alguma medida porque tinha perdido a mãe à poucos dias, referindo também que eles não estavam a tomar a melhor atitude nem estavam nada bem com aquela passividade perante tal situação", relata o treinador, que por sinal é pai do jovem visado.

Prosseguindo, Paulo Murteira diz que “de imediato o árbitro mostrou ao jogador do SL Cartaxo, João Murteira, o cartão vermelho. Eu que estava perto de toda esta situação questionei o Sr. Carlos Lopes o porquê daquele cartão vermelho, uma vez que o jovem atleta a única coisa que lhe pediu foi que o pudesse ajudar, visto estar a passar uma situação muito complicada, a qual a relatou ao árbitro. A única resposta que me deu foi: Não tenho que lhe dar justificações’".

Paulo Murteira relata ainda que “alguns jogadores do plantel do SL Cartaxo dirigiram-se para a bancada, porque estavam revoltados com as ofensas de um energúmeno que na bancada continuou a chamar filho da pu.. ao colega da sua equipa que tem 15 anos e que havia perdido a mãe há cerca de uma semana”, realçando que “perante esta situação a minha preocupação foi dirigir-me à bancada para acalmar os meus jovens jogadores e colocá-los a todos dentro do balneário para evitar um avolumar de problemas, e assim o fiz. Depois disto voltei a tentar falar com o árbitro que se encontrava na pista de atletismo, para tentar lhe explicar que o que se passava ali era de extrema gravidade, ao que mais uma vez me foi dito desta vez pelo seu assistente que já lhe tinha dito que não havia nada para falar, mais uma vez com uma arrogância e uma falta de bom senso que não era de forma nenhuma ajustada à situação que estávamos a viver e da qual ele já tinha conhecimento dirigindo-se de imediato ao seu balneário. Para alguma supressa minha e quando o meu delegado ao jogo foi buscar a ficha de jogo eu e um dos meus jogadores, e capitão de equipa, havíamos também sido expulsos”.



A finalizar, Paulo Murteira diz que “com esta minha exposição só quero que situações destas não voltem acontecer, o João Murteira, (sim é meu filho), teve um comportamento exemplar, podem no confirmar com o agente da PSP que assistiu de perto a tudo e que pode confirmar tudo o que aqui escrevo. Esta é uma situação muito dura para um pai que depois de tudo isto ouve esta frases do filho ‘venho para o futebol para tentar recuperar da morte da mãe e ainda vou daqui pior, não percebo porque o árbitro não me ajudou, esta também é a função dele…’".

Paulo Murteira djz ainda a concluir: “Não quero nenhuma proteção nem para mim nem para o atleta João Murteira por ter perdido a minha mulher há dias e de o meu filho ter perdido a mãe, a única coisa que eu quero é que se escreva a verdade e que este jovem árbitro tenha a coragem, e o bom senso, algo que nunca teve durante toda esta situação (sim esperei sempre que quando o João Murteira lhe disse que a mãe havia morrido há 1 semana ele o tivesse levado para um canto e o tivesse confortado, mas é pedir muito a alguém que nunca teve vontade de resolver a situação. Não me posso calar perante uma situação destas, tenho tido ao longo de muitos anos uma conduta irrepreensível com todos os intervenientes no futebol de formação e de futuro continuarei a ter, apesar de ter muita vontade de desistir perante tais factos”, conclui o técnico Paulo Murteira.

Também o Sport Lisboa Cartaxo já revelou a sua indignação indignação e repúdio aos acontecimentos ocorridos nesta partida. “Mais do que qualquer resultado, o clube rege-se por valores como o respeito, lealdade e amizade entre todos os intervenientes no jogo (atletas, adversários, árbitros, staff e publico), sendo que também exige que esses comportamentos sejam recíprocos por parte dos mesmos, o que não aconteceu neste jogo”, realça a direção do clube.

“Perante toda a situação é lamentável os castigos dados ao nosso treinador e atletas, que para além de serem ofendidos sem qualquer defesa da equipa que o deveria fazer, ainda vão ficar afastados de praticar o que mais gostam. O clube está completamente solidário, com o seu treinador Paulo Murteira e com os seus atletas Daniel Souza e João Murteira, e irá até ás ultimas consequências e instâncias para que situações idênticas não voltem a acontecer. O clube está sempre disponível para ajudar a valorizar o futebol do Distrito de Santarém condenando quaisquer atos de violência dentro e fora do campo”, pode ainda ler-se no comunicado emitido pelo Sport Lisboa e Cartaxo.

Por fim de realçar que o castigo aplicado ao jovem futebolista João Murteira foi de 3 meses de suspensão, o que os responsáveis do SL Cartaxo consideram “uma autêntica vergonha”.


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