PROFESSORES MANIFESTAM-SE EM RIO MAIOR
No dia da Greve Nacional por Distritos (Santarém - 1 de Fevereiro), mais de uma centena de professores e alunos da Escola Secundária de Rio Maior e dos Agrupamentos de Escolas Fernando Casimiro e Marinhas do Sal manifestaram-se em Rio Maior.
A concentração teve lugar junto ao Complexo Desportivo, seguindo-se uma marcha lenta pela Avenida Paulo VI até ao Paços do Concelho, onde os manifestantes foram recebidos pelo Presidente da Autarquia, Filipe Santana Dias.
Para as 11h00 está agendada a concentração distrital no Largo do Seminário, em Santarém.
Saliente-se que os professores reclamaram por uma escola pública de qualidade, de forma a valorizar quem está e a atrair aqueles que queiram ingressar na carreira de docente.
Ao Comércio & Notícias, Luciano Vitorino, Presidente do Conselho Geral da Escola Secundária de Rio Maior, elencou aquelas que, segundo ele, serão as principais reivindicações a apresentar:
1) a luta dos professores e técnicos superiores da Escola é uma luta genuína, sem interesses sindicais ou políticos;
2) os "professores são os pedreiros do mundo", pois estão na base da conceção da sociedade e de algo fundamental numa sociedade desenvolvida, o "Elevador Social";
3) uma sociedade que não investe na educação e no conhecimento será uma sociedade falhada;
4) queremos ser valorizados e reconhecidos, em primeira instância pelo Governo e, em última instância, pela sociedade;
5) queremos ser tratados com dignidade por um Ministério da Educação que insiste em verbalizar chorrilhos de mentiras, tratando-nos como se de acéfalos e mentecaptos se tratasse;
6) combate à precariedade daqueles professores que andam com a casa às costas e que são sistematicamente contratados, não vislumbrando uma merecida estabilidade nas suas vidas;
7) o quotidiano da escola pública tem-se degradado, estando os professores atolados em trabalho burocrático, que pouco ou nenhum benefício tem para a aprendizagem e sucesso educativo dos alunos;
8) os professores querem mais tempo disponível para dedicarem áquilo que realmente importa: ENSINAR com qualidade, inovando na sala de aula;
9) queremos um novo modelo de avaliação (queremos ser avaliados), mas um modelo justo, que não estrangule o acesso ao 5.º e 7.º escalões;
10) queremos ver recuperado o tempo de serviço que nos foi retirado: 6 anos + 6 meses + 23 dias. Não consideramos justo um país que tem tantos recursos para a TAP, bancos e outras negociatas escandalosas, e não tenha para algo fundamental no país, a EDUCAÇÃO.
11) queremos combater o facilitismo que este Ministério da Educação tem introduzido no sistema educativo;
12) queremos que a carreira de professor, uma PROFISSÃO NOBRE, seja atrativa para os jovens, mas para isso precisa de ser considerada/valorizada. A continuar o atual estado de coisas, a Escola Pública, corre o risco, a breve trecho, de ter imensa falta de professores.
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