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Periodicidade: Diária

10/1/2024

  • comercioenoticias

RELATO DE UMA RIOMAIORENSE QUE ESTEVE INFETADA COM COVID-19 E TEM O PAI E A AVÓ A LUTAR PELA VIDA


Uma jovem, residente na cidade de Rio Maior, que nos pediu para não revelarmos a sua identidade, relatou ao Comércio & Notícias a experiência que passou com a infeção Covid-19, apesar de se revelar praticamente assintomática, e o drama que continuar a viver atualmente devido ao internamento do seu pai e também da avó, que se encontram em estado grave.

Com este relato a jovem pretende consciencializar todas as pessoas para que estejam alertas ao mínimo sinal de sintomas que possam ter.

Deixamos então o relato desta jovem, descrito de uma forma quase diária:

“Dia 8 de janeiro sentia-me com alguns arrepios de frio, mas de facto estava à volta de 4ºC na rua. Mas ainda assim sai mais cedo do trabalho.

No dia 9 sentia-me ligeiramente febril, devia ser gripe por causa das mudanças de temperatura. Pelo sim pelo não, fui à farmácia fazer o teste serológico para ficar descansada. Deu negativo, uffa!

Dia 10 já me sentia melhor, fui trabalhar e depois fui ao almoço de aniversário da minha avó, onde apenas estavam os familiares lá de casa. São quase 90 anos, nunca se sabe se se pode festejar para o ano que vem...

Daqui em diante já estava normal, apesar da tosse que me acompanhava há meses e do cansaço fácil, mas devo andar a dormir mal...

Entretanto sei que um lojista vizinho está hospitalizado com covid. Oh coitado!

O meu namorado sente pressão no peito, mal-estar, febre, tosse, dores de cabeça...

Dia 13 o meu pai tem uma consulta, tosse na sala de espera, e perguntam-lhe imediatamente se queria fazer o teste. Porque não? Deu resultado positivo. É o choque.

Toda a família entra em isolamento e marcam testes. Nesta altura já estão a demorar uma semana para conseguir fazer marcações. Deram todos positivos...

Dia 14 fiz o teste rápido da zaragatoa, deu negativo.


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No dia 22, depois de três dias com dores de cabeça fortíssimas o meu pai teve dificuldade em respirar durante a noite, chamou o INEM e foi para Santarém eram umas 12h00. A minha avó sentiu-se mal e foi também de INEM para o Hospital Santarém às 18h00. Que dia de mer..!

No dia 23 ligámos para o hospital e tentámos saber dos nossos familiares. Há nas urgências covid ambulâncias a perder de vista, não podem nem conseguem informar-nos de nada. ‘Assim que possível serão informados pelos médicos ou pelos enfermeiros de cada um’, disseram-nos. O coração aperta.

Dia 24 uma médica liga e informa que o meu pai está com pneumonia e apesar de ter estado ligado ao oxigénio, não teve evolução e que acha melhor induzi-lo em coma, entubá-lo e passá-lo para a UCI enquanto tinha uma vaga. Que murro no estômago. Como é que o meu pai, com uma força descomunal ia estar em coma? Digam-me que é mentira!

Agora começo a associar... Dias antes do lojista ao lado ter ido para casa, tinha-lhe arranjado umas moedas... Apanhei Covid-19.

Graças a Deus, sou nova, praticava desporto até à pouco, tomo suplementação para ter um bom sistema imunitário, aliado a uma alimentação mais ou menos saudável. Apesar de ter estado um dia em casa com 'gripe' e febre, sem ter tomado nada, no dia a seguir estava 'boa' com um teste negativo e a vida seguiu... E segui eu também praticamente assintomática com um vírus para distribuição.

Agora continuo com a minha avó no hospital e o meu pai nos cuidados intensivos e sem saber como vai ser o dia.

Espero que o meu testemunho sirva para evitar que o mesmo se repita nas vossas famílias. Oiçam o vosso corpo, e ao mínimo sinal de que algo não está bem, isolem-se, protejam-se e façam o teste PCR. A mim pode-me custar duas das pessoas que mais amo no mundo, mas vocês não precisam de pagar o mesmo preço. Fiquem em casa! Protejam-se e protejam os que amam.

A quem puder, partilhe este texto para se possível virilizar e consciencializar que embora alguns saiam 'impunes' há sempre consequências e um preço alto a pagar e cada vez mais, com vidas!

Estima-se que apesar de tudo possa haver 20 a 30% de assintomáticos, ou com sintomas ligeiros e desvalorizados. É esses que quero chamar à atenção”.


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