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9/29/2024

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RIOMAIORENSES SOLIDÁRIOS COM O POVO UCRANIANO

Atualizado: 5 de abr. de 2022


Graças a uma campanha solidária levada a cabo por um grupo de cidadãos ucranianos e também de alguns riomaiorenses, desde o último domingo, foram já angariadas mais de 30 toneladas de produtos alimentares, bebidas, vestuário e diversos artigos destinados à população ucraniana vítima da guerra.

Ao Comércio & Notícias, Karina Kovalenko, de 29 anos de idade, uma das impulsionadoras desta iniciativa solidária contou que a campanha começou no último domingo, “era só para juntarmos umas caixas para levar a um ponto de recolha em Leiria, mas a campanha ganhou outras dimensões e tivemos de abrir um ponto de recolha aqui em Rio Maior”, salientando que “a Câmara Municipal disponibilizou este espaço e também a ajuda nalgumas questões logísticas”.

A jovem refere que “a ajuda tem sido bastante, tanto a nível de empresas como de particulares”, contando que “logo na segunda-feira conseguimos encher uma carrinha que seguiu de imediato para a Ucrânia. Hoje saiu este camião e agora esperemos que ainda saiam mais”.

Karina Kovalenko diz que é difícil arranjar voluntários com veículos pesados que possam fazer o transporte, pois é preciso quase uma semana para isso. “Há pessoas que tiraram férias para puderem fazer estes transportes para a Ucrânia”, conta, referindo que esta campanha irá continuar “até que se mantenha a solidariedade das pessoas e nós consigamos arranjar transporte”.

As entregas podem ser feitas diariamente no Pavilhão Multiusos (entrada pelo lado do Terminal Rodoviário), entre as 09h00 e as 20h30. Participam nesta ação cerca de 30 voluntários, na sua maioria de nacionalidade ucraniana, mas também alguns portugueses.


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A jovem ucraniana revela que “houve muitas empresas que comparticiparam com alimentos e bebidas”, apelando a que as pessoas possam entregar o que mais falta faz agora, que “é a insolina, pilhas, power bank, loiças descartáveis, analgésicos, água oxigenada, sprays, os torniquetes estão a fazer muita falta, medicação para os bebés, Tramadol, comprimidos para os diabéticos, luvas descartáveis, lanternas, meias e cuecas”.

Karina faz ainda um apelo para os mais pequenos, “temos muitos bebés lá nos bunkers e eles não têm nada para se entreter, por isso estamos a precisar de brinquedos, chuchas, biberons, etc.”, salientando que “cada um dá o que pode, para nós não é nada, mas para eles é tudo”.

A jovem voluntária garante que “o camião que saiu hoje de Rio Maior vai entrar na Ucrânia, onde irá descarregar num ponto de recolha da Cruz Vermelha, sendo depois distribuído pelas cidades mais afetadas pela guerra”.

“Mal o camião lá chegue os bens são distribuídas pelas carrinhas para serem distribuídos e nós recebemos um comprovativo em como tudo foi tudo entregue, a quantidade e o peso etc,”, salienta.

Emocionada, Karina Kovalenko relata: “Na realidade não temos palavras para descrever o que sentimos, não estava nada à espera que as pessoas colaborassem tanto. Para além dos donativos temos recebido muito apoio psicológico por parte dos portugueses, neste caso em particular dos riomaiorenses”.

Karina conta que “todos nós os voluntários temos lá familiares e estamos bastante preocupados com toda esta situação. Tenho a minha tia em Kiev e não consigo falar com ela desde segunda-feira, não sei como estão as coisas”.

A finalizar, Karina Kovalenko revelou que nasceu em Donetsk e veio para Portugal com 15 anos, “tenho tantos anos de Donetsk como de Rio Maior, cidade que também já considero minha. Tanto gosto de Donetsk como de Rio Maior”, concluindo: “O meu filho já nasceu cá, é português, e eu queria que ele gostasse tanto da terra dele como eu gosto das minhas”.


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