ROUBO DE AREIA LEVOU AO CORTE DO NÓ DE ACESSO AO IC2 EM RIO MAIOR
Atualizado: 12 de dez. de 2021
Dois homens de 69 e 35 anos de idade, pai e filho, proprietários de uma pequena empresa de extração de areia e pedra, enfrentam indemnização milionária, sediada no concelho de Rio Maior, irão ser julgados no Tribunal de Santarém, estando acusados pelo encerramento ao trânsito no nó de ligação do IC2 à antiga Estrada Nacional 1, em Rio Maior, via que esteve cortada desde maio de 2016 a fevereiro de 2017, e posteriormente, depois de nova avaliação estrutural, entre maio de 2018 e outubro de 2019, reabrindo nessa data após uma empreitada de reabilitação paga pela empresa do estado Infraestruturas de Portugal, que agora imputa os prejuízos aos arguidos neste processo.
Pai e filho estão acusados de um crime de furto qualificado e outro de atentado à segurança de transporte rodoviário, enfrentando ainda um pedido de indemnização por parte da Infraestruturas de Portugal de cerca de 1,4 milhões de euros.
O furto está relacionado com o corte de madeiras e extração ilegal de areias num terreno da Infraestruturas de Portugal, junto ao nó do IC2, terreno esse que a empresa riomaiorense não tinha autorização para operar.
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O Comércio & Notícias teve acesso ao despacho de acusação do Ministério Público, onde é realçado que “a remoção continuada dos inertes, entre 2008 e 2015, deu origem a um talude que chegou quase aos 30 metros de altura, a menos 10 metros da via rodoviária, e que provocou vários desabamentos e deslizamentos junto à plataforma da estrada”.
Pai e filho negam os factos que lhe são imputados e requereram a abertura da Instrução do processo, alegando que julgavam estar a operar num terreno particular que tinham arrendado, junto ao IC2.
A hipótese de engano foi descartada pelo Juiz de Instrução Criminal, decidindo pronunciá-los para julgamento, considerando não só que sabiam que ocupavam terreno alheio, como beneficiaram dos lucros provenientes da extração ilegal de areia e madeira.
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