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Periodicidade: Diária

12/22/2024

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A BENEDITA E O NOVO HOSPITAL DO OESTE



Por João Maurício


Por esse País fora, há muitas “Beneditas” que vão ter problemas, em termos de acesso à saúde pública.

Realizou-se recentemente, em Lisboa, uma Marcha. Foi um clamor, um grito cívico. Dizia-nos um conhecido jornal regional “2000 marcharam em Lisboa por um novo hospital nas Caldas”. De facto, a chamada sociedade civil não está, assim, tão adormecida. O que faz falta, às vezes, é mobilizá-la. Fazemos nossas, as palavras de um anónimo “um novo hospital nas Caldas da Rainha é um bem essencial para o concelho caldense e para Rio Maior e Alcobaça”.

Há na opção Bombarral um erro estratégico. As opções políticas são muitas vezes erradas. Traçar e projetar a régua e esquadro, no silêncio dos gabinetes ministeriais, é a consequência de não se conhecerem as realidades locais, é não conhecer o País real e as especificidades de cada terra. Mesmo nas pequenas aldeias vivem pessoas que não são, apenas, números estatísticos.

O relatório do grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para estudar a localização do novo Hospital do Oeste, sugere que cinco concelhos do Oeste saiam da área de influência desta nova unidade que será construída no Bombarral. Isto altera a primeira opção – a nova unidade serviria os concelhos da Comunidade Intermunicipal do Oeste e, até, algumas freguesias de Mafra.



O grupo de trabalho presidido pela ex-Ministra da Saúde, Ana Jorge, diz-nos que o novo hospital bombarralense substituirá, no futuro, as três unidades do Centro Hospitalar do Oeste (Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras), o que vai obrigar a deslocações dos seus quase mil e novecentos trabalhadores desses hospitais que serão extintos.

Tendo o relatório sido aceite pelo governo, fácil é perceber que a freguesia da Benedita, cujos utentes são atualmente atendidos pelo Hospital das Caldas da Rainha, passa para o Hospital de Santo André, em Leiria. O mesmo vai suceder com as freguesias de São Martinho do Porto e Alfeizerão. Sendo assim, os beneditenses que têm agora um hospital de apoio a apenas 15 kms, são “atirados” para a cidade do Lis, que fica a 50 kms.

Acrescente-se que a estrada que liga a freguesia da Benedita a Leiria é a antiquada Estrada Nacional N1, pomposamente apelidada de IC2, uma via há muito saturada de trânsito. Diremos que a zona poente da freguesia tem lugares como Ribafria, Azambujeira, Frei Domingos e outros, que ficam a uma distância muito menor do Hospital Caldense.

A não construção do Hospital do Oeste nas Caldas da Rainha é um erro de palmatória e a Benedita vai ficar a perder. O que é estranho é o silêncio de alguns autarcas!

Caldas da Rainha presta assistência hospitalar às populações da região há vários séculos. Esse dado histórico deveria ser tido em conta na opção que

levou à escolha da localização do Novo Hospital do Oeste, que vai ficar apenas a 15 Kms de Torres Vedras.


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