SENHORES DE FÁTIMA
Por João Maurício
Senhores de Fátima – Torres Novas e os acontecimentos da Cova da Iria é um livro escrito por João Carlos Lopes. Esta obra contribui para confirmar o que escreveu Bruno Cardoso Reis na Enciclopédia de Fátima, pág. 25, (2007): “Fátima é tudo menos uma história simples”. Como não há História sem documentos, este é um contributo, talvez polémico, para contribuir e melhor entendermos o que se passou no tempo das Aparições.
Torres Novas teve um papel fundamental na divulgação de Fátima, através de nomes como o de Gilberto Fernandes dos Santos, torrejano nascido em 1892. Outras figuras que marcaram a história de Fátima foram Azevedo Mendes, presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, no início dos anos 30 do século passado e D. Manuel Mendes da Conceição, torrejano que foi arcebispo de Évora.
Na página 112, refere o autor que outro divulgador de Fátima foi o Padre Manuel Canastreiro (1882-1944), natural de Torres Novas, onde fundou a Juventude Católica. Formado em Roma, depois de ter sido aluno do Seminário de Santarém, foi ordenado sacerdote em 1910, pelo cardeal Mendes Belo. Coadjutor em Santiago (Torres Novas,) entre 1912 e 1916, foi ainda pároco na paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, na Benedita, em Alcobaça e esteve ligado à Confraria da Nazaré. Segundo me contou o professor Feliciano Júnior, o Padre Canastreiro veio, várias vezes a Rio Maior, fazer sermões da Semana Santa.
Nota – estamos perante um livro bem documentado. Eu acrescentar-lhe-ia um nome – o do Padre José António da Silva que eu ainda conheci. Nasceu na Benedita. Foi pároco em Torres Novas entre 1906 e 1937 e capelão do Hospital de Rio Maior de 1938 a 1949. O Padre José António da Silva teve um papel importante na afirmação de Fátima, enquanto acontecimento religioso. Deixou-nos, por exemplo, escritos interessantes sobre o tema, dirigidos ao cónego leiriense Galamba de Oliveira.
Voltarei aqui para “falar” deste sacerdote, quando me for possível.
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