A IMPORTÂNCIA DE RIO MAIOR NA DIFUSÃO DA IMPRENSA REGIONAL A NÍVEL NACIONAL

Por Arlindo Araújo

Um tema que, quanto a nós, merece o devido realce, e nunca antes divulgado (talvez por desconhecimento) nas memórias que contribuem para a história de Rio Maior e que é de elementar justiça (salvo melhor opinião), tem a ver com o relevo e importância que a nossa terra teve para a difusão da imprensa regional, um pouco pela zona centro (e não só) do nosso país.

Recuando no tempo e reportando-nos às décadas de sessenta/setenta do século passado, em que Rio Maior já era uma vila de reconhecidos méritos, vamos recordar uma empresa gráfica que teve a sua sede na Avenida João Ferreira da Maia, mais propriamente próximo da antiga Rodoviária Nacional, que dava pelo nome de Gráfica Editora, à época propriedade do bairrista e bem conhecido riomaiorense João Pereira Lopes.

Tipografia com bom equipamento técnico, tanto a nível de composição como de impressão e um competente quadro laboral e profissional, mereceu honras de destaque na elaboração de diversos títulos regionais, prolíficos na época.

A título de exemplo, podemos deixar aqui alguns: “Diário do Ribatejo” (Santarém), “Diário Feminino”, “O Mensageiro” (Leiria), “Gazeta das Caldas”, “O Sorraia” (Coruche), “O Povo do Cartaxo”, “A Voz do Mar” (Peniche), “Jornal da Chamusca”, “Ecos do Bombarral”, “Aurora do Ribatejo” (Benavente), “Vida Ribatejana” (Vila Franca de Xira), “Ribamar” (Cascais), “Jornal da Marinha Grande”, “Comarca de Alcobaça”, “A Voz de Loulé” (Algarve), “Região da Nazaré”, “Comércio e Indústria”, “Vida Social” (Rio Maior), ”O Zé” (Rio Maior), bem como as revistas “Celulóide” e “Ribatejo Ilustrado”, edição e propriedade do saudoso riomaiorense Fernando Duarte.

Numa época em que, para grande parte da população rural do nosso país, este era um dos poucos vínculos de contacto com a cultura e divulgação das notícias da sua terra, através da leitura e assinatura do jornal local, o papel da imprensa regional merece ser devidamente enaltecido. Como tal, não queremos (nem devemos) deixar de registar este pequeno escrito como reconhecimento do devido mérito de todos aqueles que contribuíram para a difusão da imprensa regional no panorama português daqueles idos tempos.