COVID-19: A LUZ DA LOCOMOTIVA
Artigo de Opinião de Dário Marcelino - Presidente do Moto Clube de Rio Maior
Caros Sócios, Amigos.
Espero que se encontrem todos pelo melhor.
Venho de novo utilizar este meio para exprimir o sentimento que me assola.
Os donos do mundo alegam economia para levantar armas contra a guerra invisível que nos foi proposta, já assim sabemos, que mesmo muitos dos que podem não respeitam as indicações dadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde), existe o sentimento de lei, este ordena regras, e medos, sempre o medo da sanção da multa, pergunto-me às vezes, se não fosse esse “chicote” que mundo teríamos.
Cheios de notícias, vamos nos interrogando quem são os presos quem são os livres, o que podemos o que não podemos, vemos países enterrarem mortos em valas comuns, outros donos da sociedade a ignorarem o que se passa ao lado, como se nada fosse.
A Covid-19 já fez mais de 700 mortes em Portugal, sensivelmente o mesmo número de pessoas que morrem por ano nas nossas estradas. Constantemente somos assolados com notícias de um vírus fabricado, testado, dizem-nos numa sociedade de doutores e sábios que a vacina talvez para o ano…
Vimos constante adiamentos, de hoje, do mês que vem, daqui a dois, três meses, angustiante, a festa daqui dacolá, a concentração, o dia X, Y, tudo se vai adiando, sinal racional que não se espera uma luta fácil.
Meus caros, eu acabei na passada sexta feira recolhimento profilático, um contacto com um possível infetado dum colega meu, meteu-nos numa situação que não desejo a ninguém. Esse meu colega deu negativo ao teste, mas as horas que passamos até esse resultado… não é fácil viver preso, só se diz que lá é que se está bem da boca para fora. Não poder socializar com a família, nem ter o comando da TV… tudo o que se toca ter de desinfetar, é angustiante, doloroso, física e mentalmente.
No entanto por uma estatística, sim porque para o poder o povo é estatística, essa estatística indica melhorias, a tal luz ao fundo do túnel… pior é se for a luz da locomotiva.
Os motociclos são veículos de risco, basta que eles não param em pé sozinhos, as motos normais sem apoio caem para o lado. Todos aqueles que passam longos tempos sem andar no veículo que têm na garagem, por falta de tempo, não gostar de chuva, doença, etc, notam que ela perde a ligeireza que tem se andarmos habitualmente.
A moto fica mais “pesada” menos manobrável, nem parece a nossa companheira de tantos quilómetros. Nestes dias de ansiedade, existem longos tempos em que as utilizamos, e depois nesta ou naquela reta apetece tirar o “carvão”, mas… temos que ter em atenção que hoje ela está mais pesada…
É de todo lógico que usemos o nosso motociclo, como meio de transporte, ou até a viagem ao monte, limpar a “cabeça”.
No entanto vemos aí muita moto todo terreno “a fundo” como flautas a passaram nas ruas da aldeia, e outras “a fundo” nas nossas estradas.
Isto hoje… é mandarmos-mos ao poço sem corda.
Nunca o ser humano teve tanto poder individual, cada possível “erro” que cometamos, é um erro grave.
Se queremos voltar, temos que ser responsáveis.
Moto Clube de Rio Maior
O Presidente (Dário Marcelino)
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