CRUZEIRO DA SERRA DOS CANDEEIROS – SÍMBOLO DA CRISTANDADE
Numa visão mais ampla, este cruzeiro simboliza a cristianização de uma vasta zona que vai da Serra dos Candeeiros até ao mar, conquistada aos mouros pelo nosso primeiro rei.
Os Cruzeiros são testemunhos erigidos para comemorar datas, factos ou acontecimentos religiosos.
Na Serra dos Candeeiros, no local onde a Estremadura e o Ribatejo, os distritos de Leiria e Santarém, os concelhos de Alcobaça e Rio Maior, e as freguesias de Turquel, Benedita e Alcobertas, “se abraçam”, ergue-se um cruzeiro, construído como testemunho de fé do povo à Padroeira de Portugal.
Foi inaugurado a 13 de outubro de 1946. Presente muito povo das três freguesias, a imprensa regional da época contou cerca de 8.000 pessoas. Cada freguesia, em procissão, levou a imagem da Padroeira de Portugal.
Presidiu às cerimónias o Bispo de Vatarda, auxiliar de Lisboa, D. João da Silva Campos (1889-1980), mais tarde Bispo de Lamego.
Presentes, o presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, o médico José António Vieira (1899-1964), o seu congénere de Alcobaça, o médico José Nascimento e Sousa e outros autarcas. Abrilhantou a cerimónia, a Banda da Sociedade Filarmónica Turquelense. Presente, também, uma força de legionários de Rio Maior.
O Cruzeiro construído em alvenaria tem três degraus normais, e um mais alto com inscrições dos quatro lados,
Legendas – “Em 13 de Outubro de 1946, a celebrar o tricentenário da Padroeira (1646-Vila Viçosa) / as freguesias de Alcobertas, Benedita e Turquel com os seus párocos Padres Manuel Duarte, José Susano Coelho e José Montez Paulino, dizem à Virgem o seu muito obrigado pela paz na nossa terra”.
Nota final – Os cruzeiros apareceram nos primeiros séculos do cristianismo. A construção deste cruzeiro da Serra dos Candeeiros tem a ver com o tricentenário da proclamação da Imaculada Conceição como Rainha e Padroeira de Portugal, em 1646, por D. João IV.
Por João Maurício
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