CUSTÓDIO MALDONADO FREITAS E RIO MAIOR
Por João Maurício
II (Continuação)
As polémicas com Maldonado Freitas foram-se diluindo com o tempo. As fações mais conservadoras dos setores religiosos olharam-no com desconfiança. Lentamente, essa visão foi desaparecendo com o passar dos anos. Custódio, até ao fim da sua vida, tornou-se uma figura estimada e respeitada em toda a região oeste.
Em 1919, foi eleito deputado pelo Partido Republicano Português. Os seus filhos, também continuaram a carreira política do pai: Artur fez parte da candidatura do general Humberto Delgado e o seu outro filho, também Custódio, foi ativista político.
O autor do livro “Caldas da Rainha – vista em Cem Biografias”, referido no capítulo anterior, diz-nos textualmente, falando de Maldonado Freitas, “A Galeria dos maiores desta cidade guarda com particular carinho e respeito pelo seu grande pundonor partidário e de grande elevação pelos seus adversários políticos”.
Custódio, ao levar ao Parlamento a questão da urgência da construção da Linha Ferroviária Rio Maior–Peniche, revelou o seu lado visionário e lançou um olhar para o futuro.
Infelizmente, o projeto nunca avançou, mas a ideia continua bem válida e madura. A necessidade de fazer a ligação ferroviária entre as linhas do Norte e do Oeste, está “de pé”. E, quando se aborda a questão, convém recordar a componente ambiental. Talvez por isso, têm aparecido alguns estudos sobre a matéria que, seguindo a linha de pensamento de Custódio Maldonado Freitas, voltaram a colocar em cima da mesa este sonho.
(Continua)
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