CUSTÓDIO MALDONADO FREITAS E RIO MAIOR
Por João Maurício
III (Conclusão)
A história dos comboios em Rio Maior está por contar: dava um livro. Referimo-nos ao que foi feito e ao que ficou, apenas, no papel.
Sobre o assunto, transcrevemos um texto da Gazeta dos Caminhos de Ferro, edição de 1 de novembro de 1943:
«Um problema urgente. A Construção da Linha de Rio Maior e do Ramal de Peniche.
Os estudos feitos, que incluíam a chamada «Linha de Rio Maior» e o «Ramal de Peniche», levariam a primeira, do Setil a Rio Maior, desviando-se depois para Santa Suzana, Landal, A dos Francos, e depois de ladear o Vale de Arnoia, acabava por entroncar com a linha férrea do Oeste, entre as estações de Óbidos e Caldas da Rainha.
Pelo que respeita ao «Ramal de Peniche», o mesmo deveria inserir-se na linha do Oeste pela altura da Dagorda, sendo o traçado Óbidos-Caldas da Rainha, comum à linha de Oeste”.
Esta ideia voltou a renascer. De fato, segundo o Plano de Ação para o Oeste e Lezíria do Tejo, estava previsto para 2015, uma linha ferroviária, ligando Caldas da Rainha (Linha do Oeste) e Rio Maior (futura ligação Lisboa- Porto em Alta Velocidade).
Mas o que aqui nos trouxe foi recordar a figura de Maldonado Freitas. Fernando Duarte, na obra “Rio Maior – Estudo da Vila e seu Cocelho”, na página 42, diz textualmente: “Em Novembro de 1919, o deputado Maldonado Freitas interessou-se pela construção da linha férrea de Rio Maior. E no ano seguinte, o Governo chega a pôr em concurso a sua feitura ao qual não apareceram concorrentes”. Diremos nós que o que não existiu foi vontade política para avançar com o projeto. Quando não aparecem concorrentes, abre-se novo concurso subindo o preço.
Resta-nos a esperança de que um dia esse projeto avance.
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