FERNANDO DUARTE E A HISTÓRIA DE RIO MAIOR
“O Concelho de Rio Maior … não é bem Ribatejo, como não chega a ser Estremadura. O seu passado é romântico. Tem qualquer coisa arrancada dos frades bonacheirões,”. Fernando Duarte.
A História de Rio Maior está dispersa por muitas obras. Urge compilar esses escritos que estão nas bibliotecas, nomeadamente em instituições de ensino superior.
O mesmo se aplica no que tem a ver com os arquivos. Antes de irmos ao que, aqui, nos trouxe, é justo referir o excelente trabalho de pesquisa sobre a História de Rio Maior, realizado pelo Professor Luís Filipe Oliveira, docente na Universidade do Algarve, que aprofunda alguns temas tratados por Fernando Duarte. Outros estudiosos serão muito mais entendidos na biografia do autor riomaiorense.
Não vou, por isso, por aí. Interessa-nos mais referir a importância deste livro na sua vida.
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Em 1951, fez recentemente setenta e um anos, Fernando Duarte publicou a interessante obra “Rio Maior–Estudo da Vila e seu Concelho”. Impresso na Gráfica Rio Maior, Ldª, trata-se de uma edição do autor, com capa de António Feliciano Júnior. Por não ser Historiador, este investigador teve a humildade em não ir por caminhos que não eram os seus. O grande mérito do livro, é a vasta bibliografia que o autor recolheu, onde se consegue descobrir o que de mais importante se escreveu, ao longo dos tempos, sobre a História de Rio Maior.
Ler esta bem trabalhada prosa, é entender: a Genealogia do Marquês de Rio Maior; encontrar detalhes sobre o passado da Vila da Marmeleira; descobrir pormenores sobre as Minas de Lenhite; saber mais sobre as Músicas: Velha, Nova e Novíssima; compreender que, em 1823, já existia teatro na vila. Estes são alguns dos interessantes capítulos, escolhidos ao acaso.
Por tudo isto, e muito mais, esta obra de Fernando Duarte merece ser reeditada. Seria a melhor forma de homenagear este autor.
Por João Maurício
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