O BOM VENTO…
Nunca há bom vento para o barco que não sabe o seu rumo. É uma frase feita e batida, no entanto não aplicável ao concelho de Rio Maior, que nesta fase em que o certo perde para o incerto, demonstra a enorme coragem e arrojo de quem delineia a sua rota. Sobre qualquer dúvida restante ficaram, aqueles que quiseram ser, esclarecidos. Rio Maior tem um rumo, uma estratégia e, sobretudo, gente capaz para ir muito para além das palavras.
Apresentar, sem fantasias, um Plano de Desenvolvimento Concelhio a dez anos mostra uma visão muito para além do conjuntural e aposta claramente na estruturação do município para enfrentar os desafios da modernidade sem perder a noção de quem somos e como somos. Esse saber quem somos e como somos é essencial à mobilização de todos em prol do bem maior. E dez anos nesta velocidade do tempo, é muito tempo sublinhe-se.
O programa apresentado tem, desde logo, a sua maior virtude em algo que a “política modernaça” geralmente não aposta. Isto é, a valorização e o desenvolvimento daquilo que o concelho possui e não projetando grandes empreendimentos, tão pouco obras de fachada ou completamente inúteis, como são “bons” exemplo os CATORZE postos médicos nas freguesias, mas sem médicos, campos de futebol em todos os lugares, mas sem futebolistas, associações desativadas ou com atividades residuais.
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Não existe no programa uma ideia de “cortar-fitas”, mas antes uma ambição de coesão de todo o concelho que não pode deixar de ser sublinhada. A ideia, completamente alinhada com a realidade, de que as pessoas estão a sair da confusão das grandes urbes, procurando uma maior qualidade de vida, é uma oportunidade para revitalizar o concelho como um todo e para ela todos nos devemos sentir mobilizados.
É também uma oportunidade fantástica para inverter o declínio das aldeias do concelho. Ao longo de décadas a sede do concelho tem exaurido de gentes as suas aldeias. Isso é uma ideia que tem de ser combatida por todos os meios. Desde a burocracia, sempre mais que muita, até ao incentivo aos mais jovens para que não percam o sentido de pertença. O equilíbrio do território é hoje, mais que nunca, o melhor índice de desenvolvimento de um povo.
“O desafio é grande, mas a vontade de vencer é ainda maior!”
Artigo de Opinião de Edgard Carvalho Gomes
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