O PAÍS DOS ENGANOS
Mais que um país onde os enganos, os descuidos ou mesmo o relaxe puro servem de justificação para a incompetência, o imobilismo ou mais grave ainda, para a bufaria empenhada, vale a pena pensar se Portugal é um país de enganos, lapsos e outras mentiras ou se afinal somos um país de enganados!
Ora vejamos:
1. Quando em 2015 Costa usurpou o poder fazendo uma coligação com a extrema esquerda que previamente não anunciou, não se enganou, antes pelo contrário, enganou os portugueses ocupando um poder para o qual não tinha sido eleito.
2. Quando aconteceram dos devastadores incêndios de 2017, Constança enganou-se na prevenção, na ajuda aos mais atingidos, na gestão dos donativos que a solidariedade dos portugueses mobilizou para o efeito? Não, ela enganou os portugueses delegando em incompetentes, para não dizer pior, a gestão de fundos e meios.
3. Quando do roubo das armas do paiol de Tancos e de toda a saga que se lhe seguiu, com policias contra policias, com o estranho “achamento” do produto do furto, Azeredo não se enganou, nem foi enganado, mas isso sim, tentou enganar os portugueses para se safar a ele mesmo.
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4. Quando Cabrita decreta a requisição civil de uma propriedade privada não se enganou ao invadir a mesma a altas horas da madrugada, mas enganou os portugueses, demonstrando uma força que a lei não lhe conferia, como veio a verificar-se posteriormente, fazendo os portugueses pagar uma exorbitância pela sua bravata!
5. Quando Marcelo dá cobertura e mesmo legitima toda esta forma de governação é enganado ou engana, para não dizer brinca ou goza com os seus compatriotas? Para Marcelo muito mais importante que ser, é parecer. Por isso as selfies são mais importantes que os comportamentos desbragados dos governantes, sejam eles de prepotência pura ou a delação de manifestantes que protestam contra regimes déspotas.
Estes exemplos demonstram, contrariamente a um ex-governante que “nunca se enganava e raramente tinha dúvidas”, que o governo atual não tem qualquer dúvida em enganar os portugueses, desde que isso sirva os seus propósitos e da sua clientela. Desde o “porreiro pá” socretino até ao “já podemos ir ao banco” de Costa, este vale de enganos chamado Portugal vai sendo relegado para a cauda da Europa e os portugueses não parecem muito preocupados com isso. Afinal há sempre um Passos Coelho como bode expiatório!
Artigo de Opinião de Edgard Carvalho Gomes
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