POLÍTICA POR CONVICÇÃO
Artigo de Opinião de Edgard Carvalho Gomes
Há muitas maneiras de fazer política, mas a única que vale a pena é aquela em que, convictamente, nos colocamos ao serviço das pessoas. Todas as demais, não interessam nada às pessoas, ou melhor só interessam a algumas pessoas cujos objetivos ou desígnios me abstenho, sequer, de comentar.
A política, não adianta ignorar a realidade, há muito que deixou de ser uma atividade prestigiante e onde os melhores da sociedade dedicavam uma parte significativa da sua vida a servir os outros. Ser político por convicção é hoje algo que apenas está ao alcance de pessoas com grande carácter e uma enorme dedicação ao bem comum. Não são muitos os que não se importam de arrostar com a “ideia feita” que só vai para política quem se quer servir dela e não para utilizá-la, convictamente, ao serviço dos seus iguais, disponibilizando as suas capacidades em prol de um bem maior, o bem de todos.
No poder local esta qualidade/capacidade é ainda mais premente e necessária. Pela proximidade das pessoas, pela natural e permanente insatisfação das mesmas, pelo constante desafio que é hoje ser autarca, convictamente. Por isso mesmo quando temos a sorte de encontrar quem aceite este desafio, não devemos deixar de sentir uma enorme admiração pela sua coragem, pela privacidade que lhe é retirada, pelo confronto com uma realidade que nem sempre domina, pela incompreensão com que muitas vezes se defronta.
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Há dias li algures que havia um político, que no início da sua carreira, quando o desafiavam para algum cargo tinha uma resposta na ponta da língua: o que é que eu ganho com isso? Eu na minha já longa atividade política, por convicção, nunca tive nenhuma resposta tão linear, mas não deixei de ouvir outras na mesma linha e naquele tempo, em Rio Maior, o PSD nada tinha para dar ou oferecer senão um enorme desafio: derrubar uma maioria socialista com 24 anos de duração! Conseguimos!
E conseguimos com pessoas que não perguntaram o que poderiam ganhar com a nossa vitória, mas com as pessoas que perguntaram o que podiam fazer para nos ajudarem a vencer!
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