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12/22/2024

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RIBEIRA DE SÃO JOÃO E A SUA HISTÓRIA



Por João Maurício


Em 1993, Jorge Paixão da Silva editou um "Esboço Histórico da Freguesia da Ribeira de São João", um pequeno, mas interessante trabalho (apenas 40 páginas), sobre esta região do Concelho de Rio Maior.

Diz-nos o autor que "não se trata, evidentemente, de um trabalho de profundidade, mas apenas de divulgação".

O arqueólogo Carlos Pereira refere na introdução que "o estudo de uma pequena aldeia como Ribeira de São João, não constitui, de modo algum, uma história menor ou descabida de interesse, pois torna-se parte de um todo que é o processo histórico de uma região que viria a constituir o concelho de Rio Maior".



O livrinho está cheio de dados históricos.

Passamos a enumerar alguns:

- No século XVl, Pedro Álvares Cabral tornou-se proprietário de terras na Ribeira de São João.

- Os frades de Alcobaça desenvolveram a agricultura e, aqui, construíram azenhas.

- No século XVlll, existia um hospício dos Religiosos Dominicanos, dependente do Convento de Nossa Senhora das Neves (Serra de Montejunto).

- Em 1926, foram reparadas as fontes da terra tendo a Câmara contribuído com 5.000$00.

- Em 1936, foi construída a Escola Primária.

- A 20 e 29 de abril de 1958, a imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima esteve nesta aldeia.

- A 31 de agosto de 1960, foi inaugurada a luz elétrica com a presença do Governador CiviI de Santarém.

- Em 1894, a Câmara Municipal contribuiu com cem mil reis para a festa popular realizada na aldeia.

- Em 1896, a estrada da Ribeira de São João - Assentiz foi mandada reparar.

O livro está cheio de muitos mais dados e alguns deles mais recentes.

Destaco, o capítulo "Tradições e Costumes Antigos", nomeadamente, as Quadras Natalícias. Enaltecemos o trabalho de Jorge Paixão da Silva que deixa pistas históricas que outros poderão desenvolver.

É de facto, um contributo para que possamos compreender melhor a História da região nascente do Concelho de Rio Maior.



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1 Comment


jorgesaramago
Jun 08, 2023

Joao, permita a ousadia, em 1926, 5000$00 (cinco contos de reis) era uma verba deveras considerável, ainda mais para recuperar fontanários. Não haverá aqui alguma imprecisão? Não esquecer que seriam 10 notas daquelas do Alves dos Reis (500$00). No entanto obrigado pela divulgação de factos historicos e estórias da nossa região. Continue o excelente trabalho. Bem haja.

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