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Periodicidade: Diária

10/29/2025

RIO MAIOR E O BANCO RAPOSO DE MAGALHÃES

  • comercioenoticias
  • 16 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura

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Em maio de 1929, José Emílio Raposo de Magalhães (1883-1974), importante, dinâmico e visionário lavrador alcobacense, comprou a casa bancária A. Couto e Silva, situada na vila.

O novo proprietário entrou, assim, no mundo da banca e começou a alargar os seus negócios aos setores alimentares e da indústria vidreira. A casa bancária Raposo de Magalhães tinha um capital social de 200 contos e sede em Alcobaça.

Magalhães, em dezembro de 1934, trespassou a casa bancária caldense Carlos Saudade e Silva; em 1937, adquiriu a José Machado e Companhia, de Torres Vedras e, logo depois, a M. A. Martins Pereira, das Caldas da Rainha. Mais tarde, em 1942, nasce o Banco Raposo de Magalhães, com sede e agência em Alcobaça e filiais em Leiria e no Bombarral., Caldas da Rainha e Marinha Grande. Passou a ter um capital social de 5.000 contos, distribuídos por ações de 500 escudos.

Naquele tempo, há quase sessenta anos, havia uma grande proximidade entre os bancos mais pequenos e os seus clientes, sendo essa “uma marca de água” do B.R.M. A crise económica provocada pela Segunda Guerra Mundial trouxe dificuldades à instituição e, por isso, teve de receber auxílio do Banco Nacional Ultramarino, através de uma operação de redesconto.

O Banco, depois, passa a ter, também, operações de câmbios. Em 1955, o capital social aumentou para 20.000 contos e, em 1960, para 40.000 contos. Nesse ano, é inaugurada a agência de Vila Nova de Ourém e, em 1964, a de Rio Maior.

Começou, então a integração dos pequenos bancos nas instituições bancárias de maior dimensão.


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O Banco Raposo de Magalhães acabou, em 1965, ao ser adquirido pelo Banco Português do Atlântico.

José Emílio, como escrevi anteriormente, era um industrial do setor do vidro e um dos proprietários da Crisal. A sua opção foi vender o Banco para desenvolver essa atividade. Foi, pois, uma opção estratégica. A documentação do B.R.M. e, consequentemente, da agência de Rio Maior, encontra-se, como é de lei, no arquivo do Banco de Portugal.

Existe um estudo muito interessante sobre esta instituição bancária da autoria de Alda Mourão, professora do Instituto Politécnico de Leiria.

Nota final – a extinta instituição bancária alcobacense teve um papel importante na dinamização dos setores comercial, industrial e agrícola da Região Oeste. O mesmo aconteceu no concelho de Rio Maior, no curto espaço de tempo, em que cá funcionou. O Banco Raposo de Magalhães é, hoje, uma memória, apenas, dos mais velhos.

Por João Maurício


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