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12/22/2024

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RIO MAIOR NA VIDA DE FRANCISCO SERRA FRAZÃO



Por João Maurício

I

No início de dezembro do ano que terminou, Luís Duarte Melo veio à Universidade Sénior de Rio Maior apresentar o livro ”Serranos, Campinos e Bairrões – Etnografia e falares do Ribatejo”, da autoria de Francisco Serra Frazão.

Luís Duarte Melo editou, agora, a obra do seu bisavô e completou-a com imensas notas e faz o verdadeiro enquadramento histórico. Realço, o Prefácio escrito por Ivo Castro da Faculdade de Letras de Lisboa.

As Notas Introdutórias são de Marlene Carvalho, vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Alcanena, de Jorge Vala, presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, do historiador António Valério Maduro e das netas de Serra Frazão - Odete Melo e Ivone Carrolo.

Francisco Santos Serra Frazão nasceu, em 1881, na aldeia da Serra de Santo António, na época era freguesia de Minde, Município de Porto de Mós.

Viveu a sua vida em Alcaria, Leiria, Alcanede, Porto de Mós, Fráguas, Samora Correia, Rio Maior, Angola, Açores, Beja e Lisboa.

No seu percurso profissional foi professor, jornalista, publicista, administrador colonial, solicitador, autarca, empresário e investigador.

Serra Frazão casou a 10 de janeiro de 1906, na igreja de Santo António das Fráguas.

Diz-nos Luís Melo (pág. 31) “Findo o ano escolar em Samora Correia, foi transferido para Rio Maior, vila onde passou a residir a partir de 1912, na companhia de sua mulher e filha”.

Serra Frazão colaborava na altura, no jornal “Povo de Porto de Mós”. Na edição de 28 de Março de 1912, anunciava essa mudança para Rio Maior.



Se o ensino era a sua profissão, a verdade é que Serra Frazão tinha uma grande paixão pelo jornalismo. Por isso, foi ”cofundador” d’O “Riomaiorense”. Tudo ficou decidido a 28 de março de 1912, numa reunião feita em plena rua, em frente do estabelecimento de João Ferreira Goucha e onde estiveram, para além de Frazão, António Gomes de Sousa Varela (na altura era Administrador do Concelho), Francisco Santos (Professor primário), Eugénio Casimiro, Amarino Calisto e António Custódio. Este último era correspondente na vila, dos principais matutinos de Lisboa., nomeadamente “O Século” e o “Diário de Notícias”. Aí ficou decidido que o jornal seria impresso em Leiria. A primeira edição deste semanário republicano, noticioso, literário, pedagógico, científico e recreativo, defensor dos interesses da comarca de Rio Maior “saiu a 4 de Abril de 1912”, tendo como diretor António de Sousa Varela.

(Continua)


 

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