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Periodicidade: Diária

11/1/2024

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RIO MAIOR NA VIDA DE FRANCISCO SERRA FRAZÃO



Por João Maurício


Conclusão

Em 1913, começaram algumas divisões entre os republicanos de Rio Maior. Nesse ano, Eugénio Casimiro e António de Sousa Varela passaram a integrar a estrutura local do Partido Evolucionista que tinha por figura cimeira a nível nacional António José de Almeida.

Francisco Serra Frazão entrou em rutura com a direção do jornal ”O Riomaiorense” e passou a escrever no periódico “Debate” ( de Santarém). Frazão, recordamos, tinha ainda, no fim da Monarquia, fundado nas Fráguas uma Comissão Republicana.

Em março de 1913, o Administrador do Concelho de Rio Maior passou a ser José Ferreira Lopes e a presidência da Câmara a pertencer a João Ferreira da Maia. A verdade é que continuaram tensas as relações entre Serra Frazão e os novos órgãos autárquicos. Em maio de 1914, Serra Frazão parte para Angola de onde retoma a sua colaboração n“O Riomaiorense”. Lentamente, começa a diluir-se a sua relação com Rio Maior.

Observador atento a tudo o que se passava à sua volta, Frazão era um homem culto, inteligente, curioso e pesquisador dos usos e costumes das gentes ribatejanas.



Deixamos aqui um exemplo de uma das tradições religiosas que aconteciam antigamente.

Era usual, já nesse tempo, colocar uma cruz nos sítios, ao longo das estradas, onde morriam pessoas.

Na pág. 322, escreve «A NO (Noroeste) de Rio Maior, quase no Alto da Serra, vemos a conhecida Cruz da Assenta. Refere-se Serra Frazão a uma pedra lavrada onde existiam as letras PNAM (um convite a que os passantes rezassem um Pai Nosso e uma Avé Maria.

Resta-nos referir que Francisco Santos Serra Frazão era um republicano convicto, algo radical nas suas ideias e viveu a sua vida intensamente.

Pela leitura dos seus textos era um tanto anticlerical. Profundo conhecedor dos usos, costumes e história da nossa região. Homem de uma grande frontalidade. Escreveu em dezenas de jornais nomeadamente no “Ribatejo Ilustrado”. Dos imensos trabalhos que publicou destaco a interessante obra “Porto de Mós - Breve Monografia”.

Nota final – ler Serra Frazão é compreender como foram os tempos da Primeira República em Rio Maior.

Ficará para outra altura aprofundar esse tema.


 

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